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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Pequena travessa.



Quando  pequena nos meus sete  a oito anos;  muito  peralta.
Nesta época tinha amizade  com dona Julia  uma senhora  que morava  em uma chacara  perto de cada;  só tinha uma filha,  comprida.
Mas eu gostava mesmo era dela, em uma fogueira em noite de São João  pedi a ela que  me batizase  nas brasas.  Fiquei  tão  feliz  era agora minha madrinha;  que  felicidades.
Plantava  várias verduras no fundo  Onde  corria  nascente.
E ela sempre me presenteava com grandes maduros e doces tomates?  Era como  me dar  doce,  pulava de alegrias  e lhe  fazia  bem.minha madrinha  Julia  linda perdido  no tempo ainda a amo.
E do lado de cima  tinha  um senhor  João  carroceiro  que ia sempre  lá,  eu andava naquele Mato ao redor todo  em busca de goiaba do campo  docinho que  delicia.
E ao passar  na casa do Sr.  João  ficava ouvindo  os passar os  na gaiola,  era tantos cantando  as vezes triste.
 Ele vendia   todos, eu não  entendia  aquilo;  mas não  gostava  de ver eles presos.
De vez enquando  eu ficava no mato  escondida  e via que  todos saiam.
Eu corria lá e abria todas gaiolas ; e os pássaros  saiam livre a voar.
Aquilo para mim era felicidades  e sorria e os pássaros iam.
Ele  ficava bravo  brigava  nunca imaginou  que  seria eu  que  os libertava. Aí corria para cada de minha madrinha.
E quando  via arapuca armada  desarmava e quebrava.
Menina travessa era eu  cantava  era eu  gostava  de pular correr  nos matos e nem uma cobra  e nem bicho  mal algum vi  .
Mas tinha sonhado  com nossa senhora ;me dizendo  que  me protegia ,não  tinha medo  porque  acreditava  na mãe de Jesus.

Valborges


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