Ao andar em busca do nada, sem pensar só o caminhar,
encontramos tudo. Entre matas , flores e águas a alcançar,
Na distinta harmonia de um pensar, deparamos com nosso eu,
como um elevado sentimento controlado, guiado e dispensado.
É como um andar vago, em um deserto da alma, sem fim.
Em passos intensos, intermináveis, é o ir sem rumo, sem destino.
Somente rastros, em marcas deixados por onde passar, como na areia,
para logo em seguida, o vento desmanchar. Na frente a vastidão,
em desolação intermináveis, com a brisa cautelosa e fina; esvoaçando,
na memoria, ferindo a alma, São pigmentos desolados, na pele o sentir,
o sofrer sem nada ter.
A luz solar, bate no rosto,quente como uma fornalha, Aos olhos,
o brilho dourado de raios intermináveis. Na solidão do nada.
Na terra as fendas marcadas pelo tempo cuja distância os olhos,
se disfarça, a mente, vagueia; ilustrada com a paisagem, de terna
agonia que a terra, nos elogia. Ao longe montanhas turvas,
se disfarça com o tempo indo em busca do nada, e o nada é tudo.
Em um abrigo, o corpo cansado procura algo em descansar.
Com a mente sombria o corpo padece, como uma coruja, no
ninho a refazer, com o corpo desnudo repousar.
ValBorges.
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